Abaixo-Assinado (#4399):
Caros amigos,
Conto com o apoio de vocês!
Por favor, antes de chegarem a uma conclusão precipitada, leiam até o final a manifestação abaixo.
Muitos não acreditam na idoneidade do MST, no entanto, não conhecem de perto as suas lutas.
Vocês devem ler e refletir.
Não se esqueçam: “É indispensável a realização da Reforma Agrária!”
Nesse sentido: “ (...) para garantir acesso à terra para todos os que nela trabalham. Garantir a posse e uso de todas as comunidades originárias, dos povos indígenas, ribeirinhos, seringueiros, geraiszeiros e quilombolas. Estabelecer um limite máximo ao tamanho da propriedade de terra, como forma de garantir sua utilização social e racional. É preciso organizar a produção agrícola nacional tendo como objetivo principal a produção de alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos e organismos geneticamente modificados (transgênicos) para toda a população, aplicando assim o princípio da soberania alimentar. A política de exportação de produtos agrícolas deve ser apenas complementar, buscando maior valor agregado possível e evitando a exportaç ão de matérias-primas” http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=4518
Como funcionará: leia o texto e assine o abaixo-assinado. Depois eu o encaminharei as autoridades competentes. Se puder, avise outros amigos, precisamos de todos nessa luta.
CARTA MOÇÃO
Nós, cidadãos brasileiros, inconformados, manifestamos nosso apoio e solidariedade ao povo Sem Terra na luta por reforma agrária no município de Campo do Meio, sul de Minas Gerais. Para melhor justificar as razões que nos levam a compreender que esta é a posição que melhor se alinha com os preceitos do Direito Sociais e com os atos multilaterais de Direitos Humanos, faz-se necessário resgatar as circunstâncias histórico-políticas:
A usina de cana-de-açúcar Ariadnópolis, no município de Campo do Meio (MG), teve sua atividade suspensa no meio de grandes dívidas, devendo à União mais de R$ 270 milhões e R$ 5 milhões aos seus antigos trabalhadores.
Grande parte da fazenda foi adjudicada pela União para pagamento de dívidas fiscais. A falência da usina fez com que seis mil hectares ficassem ociosos desde 1983.
Neste cenário de improdutividade da fazenda, além das irregularidades fiscais e trabalhistas, famílias sem-terra ocuparam a região em 1998, chegando a um total de 12 acampamentos. Apesar do constante conflito, que gerou cinco mandados de reintegração de posse, os trabalhadores conseguiram atingir uma produção estimada em 1,6 mil sacas de feijão por ano, quatro toneladas de melancia, quatro mil pés de mandioca e plantações de milho, conforme laudo da Emater de Minas Gerais.
O sexto mandado de reintegração veio. Acompanhado dele, um grande aparato policial e nenhuma entidade de direitos humanos presente. No dia 18 de maio, foi efetivado o mandado referente ao acampamento Tiradentes, mas outros três acampamentos – Sidney Dias, Rosa Luxemburgo e Irmão Dorothy Stang – também sofreram o despejo.
Neste contexto, 122 famílias, sendo 98 famílias pertencentes ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foram brutalmente despejadas de quatro acampamentos localizados na área da fazenda.
Com violência e arbitrariedade nunca vista antes na região, a ação de despejo foi realizada utilizando-se de um aparato que compreendia 210 policiais militares fortemente armados com revólveres e metralhadoras, helicóptero, cachorros, cavalaria, três UTIs móveis, carro do corpo de bombeiro, atirador de elite e dezenas de policiais de operações especiais da Tropa de Choque.
Tratores destruíram casas, plantações de mais de 1.800 sacas de feijão, cinco mil toneladas de melancia, quatro mil pés de mandioca e uma vasta área de milho. As famílias não puderam ao menos colher o que plantaram.
No dia 20, representantes do MST estiveram reunidos em Brasília com o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel. Este informou que o governo cortou 48% do orçamento da União destinado para a reforma agrária, em especial para os setores de desapropriação, educação e assistência técnica. Durante a reunião ficou claro a inoperância (senão inexistência) da reforma agrária no atual governo.
O clima na área do conflito permanece tenso. Três acampamentos do MST continuam resistindo nas áreas da fazenda Aradnópolis. Novas ações de despejo poderão ser executadas, e mais famílias correm o risco de perde tudo o que semearam em terra desde 1998.
Repudiamos estes acontecimentos e exigimos a imediata de Desapropriação da Fazenda Aradnópolis, cujo proprietário deve aos cofres públicos mais de R$ 273.000.000,00, através da Lei 4.132, nº do processo 54170005006/0644.
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