Abaixo-Assinado (#6719):

SOS BR-381 (#SOSBR381) – CHEGA DE MEDO, DOR E DESCASO: medo de quem vai, dor de quem fica e descaso das autoridades

Destinatário: Ministro dos Transportes do Governo Federal, a Bancada Mineira no Congresso Federal (Câmara e Senado Federal) e ao Governo Estadual de Minas Gerais.

Nós, abaixo-assinados, vimos expressar a nossa inquietação e a nossa angústia devidas pelo descaso das autoridades em relação às mortes acontecidas na BR-381, principalmente dentro do estado de Minas Gerais, onde há o maior trecho dessa rodovia.
Nossa preocupação é decorrência de diferentes elementos, que consideramos estarem sendo ignorados pelas autoridades “competentes”. Entendemos ser nosso dever cobrar dos nossos representantes uma solução para esse problema. Entre esses elementos, podemos destacar:

• Há anos somos testemunhas das mortes na BR-381, conhecida e anunciada como “Rodovia da Morte”. O número de vítimas ainda não foi suficiente para que as autoridades resolvessem esse problema recorrente. Quantas vidas terão de ser perdidas para que algo seja efetivamente feito?

• Em 2007, entre os meses de janeiro e março, 18 pessoas morreram na BR-381, entre Belo Horizonte e João Monlevade. No mesmo período, em 2008, 28 pessoas morreram. O balanço para o ano de 2007, retirado do site da Polícia Rodoviária Federal, indica 7.295 acidentes, com 292 vítimas fatais.

• O total de vítimas ocorrido na “Rodovia da Morte”, em 2008, é, segundo balanço da Polícia Rodoviária Federal, de 277 pessoas, cujas mortes aconteceram no trecho mineiro, foi principalmente causado por colisões frontais. No mesmo período, em toda a malha federal, dentro do estado de Minas Gerais, totalizando 7,5 mil km, 321 pessoas morreram dessa forma.

• O descaso e o desrespeito pela vida humana, uma vez que as autoridades negligenciam os problemas da BR-381, apesar de já terem diagnosticado tais problemas.

• Em 2008, houve promessa de um projeto para 100 km da BR-381, que previa um traçado alternativo entre Belo Horizonte e João Monlevade, que começaria no segundo semestre de 2009. Dizia-se que esse projeto foi estudado pela Secretaria de Transportes e Obras Públicas, com custo estimado em R$ 300 milhões. Estamos no segundo semestre de 2010 e, até agora, os problemas continuam.

• Ainda em 2008, previa-se o início da duplicação da rodovia, também para o segundo semestre de 2009, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares, passando por João Monlevade. A obra dizia totalizar 310 km, com custo estimado, para o Governo Federal, em cerca de R$ 2 bilhões. Estamos no segundo semestre de 2010 e, até agora, nada foi realizado.

• Em julho de 2009, a estatística da Polícia Rodoviária Federal apontava para pelo menos 69 feridos, em 23 ocorrências consideradas graves, nos 100 km entre Belo Horizonte e João Monlevade. Isso equivale à média de um desastre a cada oito dias.

• A notícia de que a duplicação poderia ficar pronta em 2015 nos leva a acreditar, a partir dos balanços apresentados até hoje, que assistiremos à morte decerca de 700 pessoas antes de a obra estar pronta.

• No trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares passam cerca de 30 mil veículos, dos quais 40% são provenientes do transporte da produção das indústrias do Vale do Aço, utilizando carretas e caminhões.

• Somente entre Belo Horizonte e João Monlevade, há cerca de 200 curvas e 13 pontes.

• Levantamento realizado pelo Instituto Cidades indicou a presença de 540 caminhões, sendo que 120 do tipo caçamba (próprios para o transporte de minério), no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Esse levantamento foi feito durante três horas, em um dia útil da semana.

• As características da estrada, aliada ao montante de carretas e caminhões que trafegam por ela, tornam o trecho de alta periculosidade.

• Há indícios de obstáculos advindos de diferentes frentes, como os estudos sobre o impacto ambiental do empreendimento, ou as diferentes ideias sobre a melhor forma de solucionar o problema da rodovia. Essas questões emperram as soluções.

• A dor de amigos, familiares e de pessoas mutiladas que clamam pela duplicação da rodovia. Não podemos nos calar diante de tantas mortes.

• Há pelo menos 20 anos esta rodovia vem sendo utilizada por políticos como alvo de promessas para angariar votos, mas nada de concreto foi feito até o momento.

Todos os elementos elencados reforçam nossas angústias, face às quais solicitamos às autoridades Federais e do estado de Minas Gerais a duplicação da BR-381, como solução aos problemas já diagnosticados. Essa rodovia já matou inúmeras pessoas, e é chegada a hora de dar segurança às pessoas que trafegam pela BR-381 e começar a salvar vidas.

Ao assinar esta petição, você garante o direito que a população em geral tem de apresentar um Projeto de Lei à Câmara dos Deputados. Para conseguir isso, é preciso apresentar adesão de pelo menos um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Por essa razão, ao assinarem este abaixo-assinado, pediremos que indiquem alguns dados cadastrais que possam identificá-lo como brasileiro, como eleitor votante, e de qual Estado é cidadão.

A adesão da população pode ter força e salvar vidas! Seja um deles!
Obrigado!

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