Abaixo-Assinado (#8555):
**Por favor, colocar a entidade que pertence no campo COMENTÁRIO**
Os Povos e Comunidades Tradicionais, (PCT) que, em grande maioria, vivem em áreas periféricas aos aglomerados urbanos, em situações de relativo isolamento face às desiguais relações do mundo capitalista, construíram formas de se relacionar entre si e com a natureza muito diferente das formas vigentes nas atuais sociedades hegemônicas. São diversos movimentos e grupos, entre eles pescadores, seringueiros, babaçueiros, quebradeiras de coco, índios, quilombolas, faxinalenses, varjeiros, ribeirinhos, caiçaras, cipozeiros, ciganos, todos possuidores de culturas e diferentes valores e estilos de vida.
Paralelo ao retorno do exílio ou cativeiro da Babilônia foi uma saída que permitiu ao povo bíblico se refazer como nação e se reencontrar com o Deus misericordioso. Deus é libertador e torna partido dos oprimidos contra a opressão faraônica; ele quer a libertação total de seus filhos, longe da escravidão; entra na luta, até onde for preciso, para ver as pessoas livres; e concede a terra para que nela habitem com liberdade.
Os Povos e Comunidades Tradicionais possuem características próprias e sofrem para manter vivos seus saberes e praticas culturais, para manter suas raízes, que se relacionam com o desenvolvimento sustentável e solidário, que cultivam a terra e/ou praticam atividades extrativistas, como a pescaria, a caça, a coleta de frutas e os artesanatos sempre com respeito à natureza, amor a terra e o cultivo da biodiversidade.
Nestes últimos dois séculos, enquanto a maioria das ações do mundo escolhe um desenvolvimento onde a ganância e o dinheiro tornam-se outro deus, e os recursos naturais são utilizados até quase sua escassez, as comunidades e os povos tradicionais procuram manter vivos suas heranças e tradições. Porém, perderam-se áreas, mataram-se pessoas e, hoje, hoje são constantes as ameaças de vida e a tentativa de retirada das áreas que ainda restam.
Com o objetivo de anunciar e denunciar tais situações, onde outro mundo que acolhe o moderno, o progresso, mas não abandona seus valores e reconhece, com sapiência, o amor e a defesa do meio ambiente, os cidadãos abaixo-assinado apresentam a sociedade esse outro modo de fazer economia e valores ancestrais como a família, a comunidade, a verdade, justiça e a busca do bem comum. Existem problemas de todas as ordens, em diversas comunidades, mas trazem princípios fortalecidos na luta por um mundo melhor, mais justo e igualitário.
Assim, por entender que as campanhas da Fraternidade 2.010 (“Economia e Vida”, com o slogan “Você não pode servir a Deus e ao dinheiro”; e em 2011 “Fraternidade - Sustentabilidade do planeta Terra”, com slogan “A criação geme em dores de parto”) e 2012 – Saúde, a Caritas Brasileira, junto com diversos parceiros, pastorais, movimentos sociais entre outros atores propõe que, em 2.013, a campanha seja “Fraternidade - Povos e Comunidades Tradicionais”, com slogan “Dignidade e respeito aos Tradicionais”. Acreditamos que o referido tema apresenta um entrelaçamento entre as três campanhas.
Diante do exposto, segue a proposta da realização do abaixo-assinado, como forma de adesão pública da sociedade civil brasileira, solicitando tal acolhida dos dirigentes religiosos ao tema. Ciente de tantas outras demandas tão importantes, mas acreditando que a demonstração da vivencia destes povos indica um aprendizado de audiência e reflexão a luz do evangelho, valores cristãos que em alguns momentos parecem adormecidos ou subjugados a outros, pela demanda do prazer e do egoísmo, para muito será uma esperança concreta de outra cultura presente no tempo de hoje. Existem diversas demandas importantes, aonde os Fundos de Solidariedade irão sem dúvida ajudar também esses povos escolhidos de Deus.
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