Abaixo-Assinado (#60994):
MANIFESTO
MULHER VOTA EM MULHER: TEMOS O DIREITO DE NOS REPRESENTAR!
Nós mulheres somos 52% da população e 54% do eleitorado em Maricá.
A luta das mulheres por emancipação política remonta ao século XIX. Essa luta levou 100 anos até que a primeira mulher pudesse votar e ser votada, mais precisamente em 1932, e, ao longo desses 92 anos em que gozamos desse direito, ainda estamos muito aquém de uma representação que reflita os números exibidos acima.
E por quê? Porque nossa sociedade machista, baseada no Sistema Patriarcal, ainda insiste que nosso lugar não é na vida pública, nos espaços de poder e decisão. Ocorre que em uma Democracia forte e consolidada como a nossa no Brasil – que nos coloca entre as Nações Soberanas – não há mais espaço para as desigualdades e injustiças. Sejam elas políticas, econômicas ou sociais.
Nós mulheres precisamos romper as barreiras impostas pelo sistema patriarcal e machista que estabelece a ordem social brasileira. Precisamos nos fazer representar e soterrar esse abismo que configura nossa sub-representação! A organização sistêmica que impera na sociedade é tão forte que nem percebemos que ela nos individualiza, fazendo-nos priorizar interesses supostamente próprios em contrassenso ao que nos fortalece: a luta coletiva. Ela é capaz de colocar-nos em disputas, quando precisamos entender que a chave para as nossas conquistas é unir-nos.
E precisamos, ainda, evidenciar que esse Sistema, além de machista, é classista, racista, lesbofóbico e transfóbico. E o que isso significa? Que nossos representantes não correspondem à diversidade (ou interseccionalidades). São sempre os homens brancos, heteronormativos, de classes médias e/ou altas que ocupam a maioria dos espaços de poder e decisão. Eles nos representam? Eles conhecem nossas demandas? Nossas pautas? Nossas lutas cotidianas? Sabem quais são as dores e delícias de sermos mulheres? Nesta cadeia, as mulheres negras e as mulheres trans são as mais sub-representadas. É preciso jogar luz nessas desigualdades e vencê-las.
Não é sobre negar a legitimidade dos homens nestes espaços, mas afirmar que nossos direitos são iguais e iguais devem ser as oportunidades para elegermos as NOSSAS REPRESENTANTES. E, como nada nos é dado gratuitamente, nos engajamos nesta campanha: “Mulher vota em mulher: temos o direito de nos representar!”
Mas não basta apenas ser mulher. É preciso estar conectada com as nossas lutas cotidianas: no enfrentamento à violência que nos assola e nos mata todos os dias; na defesa dos nossos direitos sexuais e reprodutivos; na luta por autonomia econômica e por direitos iguais no mundo do trabalho; em defesa da nossa inclusão em políticas públicas de aceleração da escolaridade e do acesso à formação; na luta por acesso à moradia digna; na luta por controle social e participação popular em torno das políticas públicas; na luta por acesso à saúde pública, de qualidade e inclusiva; em defesa irrestrita da Democracia e da Justiça Social.
Venha conosco, respeitando as diferenças, construir a igualdade entre homens e mulheres!
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