Abaixo-Assinado (#10490):
Em virtude dos fatos relatados abaixo conforme trechos da publicação no site: GAZETA DE ARAÇUAI, vimos através desse abaixo-assinado pedir em nome da população que reside às margens do rio Jequitinhonha, providências em defesa do mesmo.
“Os dias de extração ilegal de ouro e diamante no garimpo mais famoso de Diamantina, no Vale do Jequitinhonha, estão contados. A Polícia Civil está no encalço dos responsáveis pela retirada semanal de mais de 2 mil quilates em pedras preciosas – o equivalente a R$ 1 milhão – da área conhecida como Areinha. A 50 quilômetros do centro de Diamantina e já na divisa com o município de Couto de Magalhães de Minas, a região é explorada por mais de 1.200 garimpeiros e, por trás deles, empresários com alto poder aquisitivo.
Tanto eles quanto a mineradora que explorou a área por cerca de 20 anos são suspeitos de provocar danos ambientais contínuos. A questão com a empresa Rio Novo, integrante do grupo Andrade Gutierrez, já está na Justiça. Agora a polícia investiga a atuação dos garimpeiros que permanecem no trabalho desde 2007, apesar de cientes da ilegalidade. A retirada compulsória seria comandada por pessoas de alto poder aquisitivo em Diamantina.
Segundo fontes ligadas às investigações, os envolvidos no esquema, com alto poder aquisitivo, estariam atuando na prática criminosa de sonegação de impostos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e danos ambientais. Entre eles, a captação irregular de água do rio Jequitinhonha, usada em larga escala nas atividades do garimpo.
No período de seca, a Areinha é tomada por 120 dragas, responsáveis pela retirada da areia e minerais do leito do rio.
O material é jogado em uma cava, de onde segue para uma esteira para a separação. Nesta época de cheia do rio, o movimento no garimpo cai, mas não cessa. E mesmo a possibilidade de responder criminalmente pela atividade, risco cada vez mais iminente, não afasta garimpeiros e “patrões”.
“Já existe, e sempre existiu, por parte de todos que ali operam, uma preocupação. Eles atuam sabendo que podem ser pegos a qualquer momento. Em tese, vale a pena”, avalia Capistrano. Mas o cerco tem se fechado, inclusive em torno da destinação do lucro captado no garimpo.
De acordo com as investigações, a extração de pedras preciosas movimenta o comércio de imóveis e veículos, bens adquiridos para lavar o dinheiro da extração ilegal.
“Não existe só o aspecto criminal, mas também o social.”
FONTE: GAZETA DE ARAÇUAI.16.12.12
Nós, população mobilizada, agradecemos a atenção e nos dispomos a participar ativamente em prol do nosso bem maior de sobrevivência, nosso querido rio Jequitinhonha.
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