Abaixo-Assinado (#4904):
Este abaixo assinado será entregue ao bispo do padre Fábio de Melo, na esperança de que o mesmo tome as devidas providências em relação aos pontos explicitados abaixo. Não havendo qualquer resposta ou não surtindo qualquer efeito visível, enviaremos o mesmo às devidas autoridades em Roma.
O padre Fábio de Melo é muito conhecido pelas suas numerosas canções e publicações. Porém, sobretudo, em alguns de seus escritos e declarações na mídia (como em recente entrevista no Programa Jô Soares), nota-se um progressivo afastamento dos conteúdos essenciais da fé católica.
Na segunda carta do seu livro, Carta entre amigos, da Ediouro, o Autor desmaterializa a ressurreição de Jesus: “Eles se olhavam e percebiam que Ele não havia ido embora, mas apenas modificara a forma de ficar. Isso retira a necessidade que temos da materialidade da ressurreição. Não importa que haja um corpo encontrado ou um corpo desaparecido. O que a ressurreição nos sugere é muito mais que um corpo material.” (p. 16-17)
A interpretação do Autor resulta ser, ao contrário, uma leitura não só diversa, mas contrária ao verdadeiro significado do dogma da ressurreição. Segundo a interpretação do Padre Fábio, a historicidade do sepulcro vazio e as narrações das aparições não são essenciais para a fé-esperança na ressurreição. A interpretação do Autor leva a uma posição incompatível com a doutrina da Igreja. Ela é elaborada com base em pressupostos errôneos e não com base nos testemunhos do Novo Testamento, segundo os quais as aparições do Ressuscitado e o sepulcro vazio estão na base da fé dos discípulos na ressurreição de Cristo e não o contrário.
No que concerne, em particular, ao dogma da presença real de Cristo na Eucaristia, o Autor não afirma objetivamente uma presença real de Jesus, mas uma ausência: “O que é a presença real? A matéria consagrada? O pão e o vinho somente? Não. Juntamente com as duas substâncias está o bonito e sugestivo significado da ausência. A comunidade que celebra, enquanto celebra, prepara a chegada do que vai voltar.”
Além disso, dilui o sentido sacrificial da celebração eucarística comparando-a a um “jantar entre amigos”, e ainda insiste sobre a ausência de Jesus: “O motivo da última ceia foi a preparação da ausência. Foi a oportunidade que Jesus teve de sacramentar em seus discípulos a coragem da continuidade. Nada mais bonito que preparar a ausência com um jantar entre amigos.”
Em relação à algumas de suas declarações, podemos destacar as afirmações feitas no programa do Jô Soares, na Rede Globo, que foi ao ar no dia 21 de maio de 2009. O Padre teve a ousadia de afirmar que teve experiências sexuais quando era seminarista, conta isso sem nenhum pudor e, pior, chamou a isso de «amar completamente» e que «pra gente ser padre, é preciso ter amado na vida». Declara ainda que «é impossível fazer a opção de ser padre e viver o celibato sem ter amado alguém».
O assunto dizia respeito às suas experiências sexuais escondidas e, que claramente, o padre entendia isso como «experiências de ter amado alguém», e como se não bastasse ele completa, explicando que é preciso ter vivido a experiência (neste caso, o pecado contra a castidade!) para poder falar a respeito. Segundo o padre, ele não pode ser um «homem teórico», pois ele precisa falar de coisas que «ele experimentou na carne».
À guisa de conclusão, sabemos que qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abusos e heresias, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice. Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade.
Portanto, através desse contato por escrito, gostaríamos de manifestar não somente nossas queixas sobre a difusão de doutrinas errôneas que contaminam com veneno mortal o rebanho de Jesus Cristo. E solicitar a verificação de tais denúncias seguida das medidas disciplinas convenientes.
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